
Soberania e Destino
Alguém comentou: Trabalho dia após dia, sem feriado e nem domingo e a minha vida não melhora. Triste destino o meu.
Esta queixa dolorosa levou-me a profundas reflexões sobre o assunto. E daí nasceu este blog. Vamos primeiro definir estas palavras do título.
Soberania significa, poder supremo, poder do soberano ou príncipe, autoridade moral, só para usarmos os significados mais comuns.
Destino é sinônimo de fatalidade, sorte, azar.
Então, para voltar à nossa reflexão, nós exercemos, através do livre arbítrio, soberania total sobre a nossa vida, determinando-nos a agir de modo a colhermos as consequências dos nossos atos, que são os frutos que plantamos.
Quanto à fatalidade, segundo a orientação dos espíritos a Kardec, ela não existe a não ser o momento da própria morte.
Então se temos soberania de agir, tudo o que nos acontece é fruto do que plantamos, se não nesta existência, em outra da qual hoje não nos lembramos.
Então nada justifica culparmos Deus por desgraças que nos acontecem. Ele é a suma justiça, perfeita, nos ama e quer só o nosso bem e o nosso progresso. Ele nos dá liberdade de agirmos de acordo com a nossa vontade, sempre, mas nos ensina a responsabilidade na lei de causa e efeito, que nos faz colher os frutos semeados por nós mesmos. Deus não tem nada a ver com o que nos acontece: nós plantamos, colhemos, sempre, sem exceção.
E o destino? Não existe. Alguém que morre em um acidente, ou de uma bala perdida ou de uma doença dolorosa e sem cura, que sofre a perda de um emprego, ou uma falência e tantas coisas mais, inevitáveis para nós, não tem um triste destino, mas está simplesmente colhendo os resultados do que semeou.
Então, paremos de culpar Deus dos nossos fracassos e dores, pois agimos da maneira que quisemos e agora resta-nos colher as consequências.
Entender assim a vida, fica muito mais fácil e mais produtivo, porque saímos da posição cômoda de vítimas e vamos assumir o papel maduro das nossas responsabilidades, gerando o nosso crescimento espiritual.
Vamos dar a Deus a posição real dEle, de nos criar para a perfeição e criar as leis, que podemos obedecer ou não, mas tendo que assumir a responsabilidade da colheita do que fizemos.
E aí, concordam ou não?
Abraços!