O Trabalho

18/10/2015 18:33

A primeira referência ao trabalho, como uma instituição, parece que foi na Bíblia, no momento em que Javé condena a Adão a comer pelo suor do seu rosto, já que até antes do pecado, Adão e Eva viviam no Éden, sem fazer nada.

O trabalho é uma necessidade natural do ser humano: inicialmente, o trabalho se resumia em matar a fome e o homem imitava os animais, caçando. Mas a sua inteligência fez com que o homem primitivo fosse perfeiçoando os seus métodos de caça (coisa que é obvio, os animais não fizeram), criando armas, como o tacape, a lança, que também serviram para lutar com os inimigos, por seu território.

 Em um tempo mais avançado, o homem começou o pastoreio, uma medida mais confortável para evitar as aventuras que a caça exigia. E mais tarde, começou o homem a cultivar a terra, plantando sementes para a sua alimentação. Observamos então, que foi natural o trabalho incluir-se na vida do homem, através de um processo lento e evolutivo.

Com a civilização mais avançada, houve uma viravolta no conceito de trabalho e os ricos achavam ofensivo trabalhar. O trabalho passou a ser um vexame reservado aos pobres e escravos.

Na Roma antiga, de onde partiu a nossa civilização, era assim: os escravos faziam todo o trabalho manual, mas os escravos gregos, sábios e cultos, eram os responsáveis pela educação das crianças ricas. A guerra era ofício dos soldados e a política era o trabalho mais ou menos tolerado por alguns ricos. Os religiosos só realizavam os cultos. O resto da classe dos patrícios viva na mais completa ociosidade, divertindo-se e fazendo comentários críticos de toda espécie. Até os oradores e historiadores e poetas eram desconsiderados por terem este tipo de trabalho intelectual. O que vigorava era o culto à Ociosidade!

O Cristianismo desempenha aí, um papel considerável, Pois Jesus afirmou: “Meu Pai trabalha até hoje”, dignificando a ideia do trabalho. Para Jesus, o trabalho é uma consequência lógica da evolução e não mais um castigo, já que Deus também trabalha. Recomenda ainda que os apóstolos também lutassem pelo seu próprio sustento; Jesus era carpinteiro, como seu pai, e os apóstolos eram na maioria pescadores e o apóstolo Paulo exercia a profissão de tecelão, nos intervalos da sua pregação.

A parti daí o trabalho passou a dignificar o homem e a coisa que lhe dá mais satisfação é ter um trabalho, qualquer quer seja, para sustentar-se e `a família, para desenvolver-se intelectualmente, para exercitar a ciência e a arte.

O Espiritismo, como não podia deixar de ser, também enfatiza a importância do trabalho e o erro que é a ociosidade. Convida-nos, amorosamente a sermos úteis na sociedade em que vivemos e ensina-nos que seremos responsáveis pela inutilidade que gerarmos para nós. Ensina-nos que, mesmo pobres, presos a uma cama, sem podermos nos mexer, ainda podemos trabalhar com a mente, orando em favor dos necessitados.

Nos tempos modernos, encontramos uma oposição entre o capital         (ricos) e o trabalho ( pobres), gerando partidários e até guerras por diferenças ideológicas tendo o trabalho como o centro das dissenções.

Trouxemos este assunto hoje, para a nossa reflexão, para avaliarmos quanto e como anda a nossa vida em relação a este dever de todos: o trabalho.

 

Abraço a todos