Amar e ser amado...
“A Natureza deu ao homem a necessidade de amar e ser amado. Um dos maiores gozos que lhe são concedidos na Terra, é o de encontrar corações que simpatizem com o seu. Ela lhe concede assim, as primícias da felicidade que lhe está reservada no mundo dos Espíritos perfeitos, onde tudo é amor e benevolência: esta é uma ventura recusada ao egoísta”.
Estas palavras são comentários de Allan Kardec, à resposta 938a do Livro dos Espíritos, no capítulo I, Penas e Gozos terrenos, do livro Quarto, Esperanças e Consolações.
Especificamos esta informação, se quiserem ler a respeito, muito mais assuntos interessantes, que com certeza nos farão muito bem ao espírito.
Mas vamos ao assunto, de Amar e ser amado. Todos nós, com certeza, experimentamos a alegria de ser amados; primeiramente pelos pais, avós e tios, e mais tarde amigos, cônjuges, filhos e netos.
O amor é uma necessidade primordial na nossa vida e uma poderosa alavanca, que nos eleva no nosso crescimento como pessoas. Pelo amor, nós nos debruçamos sobre o outro e o entendemos, o ajudamos a crescer, estendemos-lhes as mãos para alçá-los acima, perdoamos-lhes os erros, corrigimos-lhes as faltas, aturamos-lhes as manias, enfim, crescemos juntos.
Quando, porém, o egoísmo prevalece em nós, só pensamos em nós mesmos, temos os olhos vendados para o outro, que caminha ao nosso lado, a dor dele não nos estimula a compaixão, porque nem a vemos, centrados que estamos na nossa dor, na nossa dificuldade, no nosso problema.
Desta maneira, como não olhamos para o lado, nada vemos a não ser nós mesmos e perdemos ocasiões maravilhosas que a vida nos oferece de conviermos bem com familiares, amigos, colegas de trabalho, anônimos que cruzam conosco, porque a nossa única preocupação é conosco mesmos.
Esta postura egoísta é a pior coisa que podemos fazer por nós, porque nos privamos do amor que nos cerca e que como diz Kardec, é um dos maiores gozos que nos são concedidos na Terra.
Resta-nos a reflexão: estaremos neste patamar de egoísmo? “Eu não, amo meus pais, meus filhos, meu cônjuge, meus amigos” ( tenho quase certeza de que responderam isso).
Mas será? Se não, vejamos: como anda o nosso amor, por exemplo, com o cônjuge ou companheiro ou namorado? Exigimos, ou reclamamos, se não temos, compreensão do outro, atenção, envolvimento, cumplicidade, divisão de trabalhos e responsabilidade, paixão, etc, e nos sentimos infelizes, se não conseguimos isso, porque achamos que nós merecemos. E eu pergunto: isto é amor? A mim me parece uma preocupação excessiva consigo mesmo.
E quanto aos filhos? Quero que estudem, que sejam vitoriosos na vida, inteligentes, saudáveis, virtuosos. E eu, mais uma vez, pergunto: para quem quero isto? Para eles mesmos ou para me exibir que eles são maravilhosos e não me dão preocupação, fico feliz assim?
E nosso pais? Eu faço tudo por eles. E eu novamente pergunto: será? Pago planos de saúde casa, etc, mas dou-lhes a minha atenção, pelo menos 5 minutos por semana? Faço-os sentirem-se amados, sendo pacientes com suas limitações e queixas?
Poderíamos ir longe com estas reflexões, mas acho que estas já nos bastam para avaliarmos se verdadeiramente amamos os nossos queridos, ou amamos mais a nós mesmos, sendo egoístas. Concordam com as nossas colocações? Têm inteira liberdade de se manifestarem. Eu os aguardo.
Abraço a todos !